"F1" acelera nas salas de cinema com adrenalina e emoção, mas recorre a clichês

O mais novo longa sobre o universo da Fórmula 1, que estreou nesta quinta-feira (26) no Brasil, chega com a promessa de ser uma das experiências mais imersivas e autênticas já feitas sobre o esporte. Sob a direção de Joseph Kosinski, o mesmo de "Top Gun: Maverick", e estrelado por Brad Pitt, o filme cumpre o que promete em termos de ação e realismo, mas não se arrisca a desviar dos caminhos já conhecidos das narrativas esportivas.

Foto: Reprodução/F1.com

Na trama, Pitt vive Sonny Hayes, um veterano piloto da F1 que, após um grave acidente nos anos 90, se afastou das pistas. Trinta anos depois, ele é convencido por um amigo, dono de uma equipe em dificuldades (interpretado por Javier Bardem), a retornar as pistas. Sua missão não é apenas competir, mas também ser o mentor do jovem e talentoso, porém inexperiente, piloto Joshua Pearce (Damson Idris).

O grande trunfo de "F1" é, sem dúvida, sua produção grandiosa e a busca incessante pelo realismo. Com cenas gravadas durante Grandes Prêmios reais e a colaboração de equipes e pilotos da própria Fórmula 1, o espectador é transportado para dentro do carro, sentindo a a velocidade e a tensão de cada curva. 

No entanto, por baixo de toda a adrenalina e do espetáculo visual, a narrativa de "F1" recorre a uma fórmula conhecida. A jornada do herói que retorna para um último desafio, a dinâmica do mentor e aprendiz com seus atritos e eventual respeito mútuo, e a superação de uma equipe desacreditada são elementos clássicos de filmes do gênero. Embora bem executados, a previsibilidade da trama pode deixar um gosto de "já vi isso antes" para os mais cinéfilos.

Ainda assim, "F1" se consagra como um programa imperdível para os fãs do automobilismo e para quem busca uma experiência cinematográfica eletrizante. É um filme que celebra a paixão pela velocidade e o drama humano por trás do esporte, mesmo que não se reinvente em termos de roteiro. 


Por Éllen Pereira/Redação Curva do S

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